le petit pinguce
Bêbado é uma desgraça.
Lembro que no meu primeiro "pileque" (para ficar mais sutil) eu acabei a noite deitada na cama escrevendo em letras garranchais no meu d-i-á-r-i-o.
No outro dia me diverti rindo das bobagens que escrevi. Algo do tipo:
" Os pais da Fernanda saíram e a gente fez batidinha de morango com leite condensado e champagne e ficamos dançando em cima dos sofás e rindo. Eu amo as minhas amigas, e o Henrique também."
Mas era 1992.Mas eu tinha doze anos.Ficava bêbada com champagne e leite condensado e achava que amava alguém. As amigas eu amava.
Ah o amor!
Hoje eu ainda chego em casa de "pileque" e fico escrevendo bobagens no blog.
A única diferença é que no outro dia, ao invés de rir, eu venho correndo para casa apagar as possíveis bobagens que escrevi.
Altas declarações.
Com conhecimento de causa, um monte de erros de português e digitação. A mais inspirada de todas. Aquele desejo imenso de contar pro mundo todo.
Ah! O amor!
E desde quando amor de bêbado é amor de verdade?
Bêbado ama copo americano, cerveja bem gelada, coxinha com pimenta. Ama o companheiro de bar.O banheiro sem fila. A sensação de sair do banheiro.Ligar pra todo mundo. Dançar fora do ritmo. Ama falar e rir, rir e falar. Sinceridade de bêbado é altamente questionável.
Mas nem sempre. Natural!
Que brega.
E escrever bêbado é assim. Dá vergonha.
Mas dá menos coragem de apagar.
E eu realmente venho usando demais a palavra "brega".
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