cada um, cada um...

Hoje era uma terça-feira e eu saí.
E no meio dela eu pensei... cada qual que encontro ou faz quase parte da minha vida, muda nela um pouquinho.
Tania me fez entender que eu não preciso usar brinco. A gente se arruma pra gente. E que idade não é documento, nem nunca foi.
A Luzia e a Angel me fazem, euforicamente, descobrir que a vida começa aos 40. E que 40, girls!
Carol me mostra que apesar de ser dificil encontrar suas verdadeiras vontades, o caminho tem que ser verdadeiro. Pedro me lembra que o primeiro amor a gente nunca esquece - transforma.
A Marina me ensina que os medos devem ser enfrentados e a verdade, por mais que doa, deve ser dita. E ela fala mil abobrinhas mais.
Minha mãe me ensina tudo de boa que eu consegui ser e a Bia que a família é o mais importante de tudo.
A Rô, que Guimarães Rosa definiu os amigos como pessoas que gostam de conversar de igual para igual, desarmados.E que literatura não tinha sete cabeças.
E é assim, desarmada, que gostei do Smi e que não vivo sem ele.
E da mesma forma a Clá e o Thiago me lembram que os 16 anos foram inesquecíveis. Foram as minhas primeiras grandes vontades. Rebeldia.
O Rapha mostra que as pessoas mudam - para melhor.
O Milton me perturba e me faz crescer enquanto a Laura me lembra a menina de 24 anos... que era leve, que era livre, que fazia o que queria...
Oxalá que ela continue assim! Pois meu pai me deixou todas suas utopias e seus moldes. Tudo aquilo que ele quis ser e foi. E eu, fora de época, segui.
O Toxi me mostra que quando se está triste, canta-se. E a Rê, que ser romântico não é fora de moda, e sim fora de sintonia com o mundo de agora.
É por esses todos que eu me fiz assim.
Pela Paloma eu seria simplesmente simples e bela. A mesma menina que nasci.
Pelo Robério, que não queria passar a vida sentado num apartamento esperando a morte chegar eu venho assim e digo:
-Toca Raul, baby!!!