Casaco

Imagine só aquele casaco perfeito:
De veludo pink, estilo Jackie O. até o meio da coxa. Botões pretos encapados com couro. Caimento perfeito. Macio que só.
Mas te custará meses de salário. M-e-s-e-s.
Você sabe que não pode nem deve.
Você sabe que nunca vai comprá-lo.
Mas mesmo assim sempre que dá(vontade) você passa e dá uma espiadinha nele.
Pra ter certeza que ninguém ainda o comprou. Ah! E que inveja você sente daquela que o comprará.
Mas tudo bem. Tudo bem enquanto ele estiver ali pendurado pra você dar suas experimentadinhas.
E você o usa e olha no espelho, faz uma pose assim, outra assim também. Prende o cabelo, solta. Faz bico, sorri e o deixa lá.
Pendurado.
Quem sabe daqui um tempo você o encontra denovo. Quem sabe num brechó na Augusta.
Quando não o quiserem mais.
Ah, casaco! Se tu fosses mais acessível!
hahahahaha

aniversários

Fiquei tentando recordar meus cinco últimos aniversários.
Os cinco que passei em São Paulo. Pois ontem fiz as contas e há cinco estou aqui e já me sinto daqui mesmo, já me perco na multidão de paulistanos. Até abrir a boca.
Em 2004, nova na cidade, fui tomar uma cerveja no Amarelinho (apelidado por causa da pintura) e que é na verdade o Orange Point, na esquina da Santos com a Consolação.
Cenário de tantos PFs divididos e encontros à luz do sol, bebbedeiras pra depois atravessar a rua e comer uma pizza.
2005! Agora já fica um pouco mais difícil de lembrar. Sei que ganhei uma blusa listada da Zara. Presente das meninas que moravam comigo e que fomos para um bar-balada BEM chato e lotado na Vila Madá. Lanterna. Não recomendo!
26 aninhos foram coloridos. Fiz uma festa em casa com direito a amigo mexicano, bolo que foi presente da amiga cheio de velinhas,amiga tirando férias para passar o dia comigo, marabus, velas e discurso. O after foi num lugar chamado Afrospot, ali no Bexiga mas acho que nem existe mais.
Encontramos este lugar numa revista Cláudia e resolvemos try it on. Resultado: não agradou a Gregos e Troianos mas fomos embora às 6 da manhã depois de dançar de Franz Ferdinand à enredo de escola de Samba.
2007. Terror! Meu aniversário caiu numa terça-feira e eu ainda não era adepta às terças do Studio Sp. Saí do trampo e comprei caixas de cerveja, sanduiche de metro, docinho, salgadinho, queijo, vinho e fui pra casa. Para minha surpresa todo mundo resolveu aparecer para me dar um beijo. Tudo bem que eles resolveram ir embora cedo... mas quando eu desci para abrir a porta, (SIM! todos foram embora ao mesmo tempo!), dei de cara com o Dudu chegando para me acompanhar até as 4 da manhã até a geladeira esvaziar.Valeu!
Os 28 e último... Quarta-feira num bar da Berrini para aqueles que com certeza não iriam no final de semana. Dito e feito! Os que apareceram no dia perderam o sábado no Café Piu-Piu. Mas ficaram na minha memória, né? Ao contrário do Café...
Mas esse aniversário teve um quê de muito especial: meu irmão veio do interior para minha festa. Um imenso presente! Tão grande que o re-apresentei a todos os meus amigos, inclusive aos que passaram a infância o vendo jogar video-game na sala ao lado... Patética!
Emocionada!
Eu ainda fico assim em aniversários e acho o máximo quando aquela pessoa especial aparece. Quando o telefone toca. Quando um email chega.
Pena que não me lembro de todos, só de me esconder embaixo da mesa aos 5 anos quando cantaram parabéns! Dessa parte eu não sinto falta alguma...
Será que podem esquecê-la no próximo?
Até lá!