culpa da lei-seca

Quando eu cheguei da Bolívia: quinze dias andando à pé, de táxi e de busão, recebi a notícia que teria que desembolsar 900 reais caso alguma tenebrosa blitz me parasse. Por menos que tivesse bebido.
Como não é sempre que tenho 900 reais para doar assim para sei lá quem- coisa que queria mesmo descobrir- resolvi abolir o carro das minhas noites e dos meus finais de semana.
Mas como assim? Vou ter que destinar parte do meu salário para enriquecer taxista?
Calma gente, só de vez em quando.
Pensamos, pensamos (na mesa de um bar, indo e voltando de carona com o único amigo que não bebe) e decidimos que a melhor saída seria ir e voltar de metrô. Super divertido, sair sem carro é libertador!
Mas e aí? Tem lugar onde não existe metrô...
Arrume um metrô que te agrade então! Eu uni o útil ao agradável (e à minha falta de juízo) e optei pelo Consolação.
Só que quem botequeia até às 5, também joga conversa fora até às 6 e toma a saideira às 7.
Resultado: sem meu carro, nunca mais cheguei em casa antes das 8 da manhã.
A faxineira já ficou esperando, a roomate ficou esperando, a cama ficou esperando.
Porque eu estava sendo politicamente correta e esperando o metrô abrir!
Mil desculpas à vocês.
O mais importante é que os acidentes diminuiram e a violência no trânsito também. E eu sou super a favor dessa dona lei aí!!! Achei que fossemos casos perdidos dirigindo nossos carros e tomando nossos pileques!
Mas só queria comentar aqui, que os embriagados de plantão andam dirigindo menos e bebendo muito mais...
Toda boa ação também tem sua reação!!!
E amanhã é sexta-feira. E no sábado vem a faxineira... e eu preciso fazer uma cópia da chave para ela não precisar me esperar porque eu TENHO que esperar o metrô abrir para voltar pra casa...
Ê falta de vergonha na cara!!